31.10.09

nada salva do tédio.
nem o twitter.

22.10.09

cansaço: virei uma poeirinha.

21.10.09

Menos vírgulas e mais pontos.

Quero isso. Isso. E não isso, isso, isso,


Hoje perecebi que preciso é de um ponto final. De muitos pontos finais. Vírgulas são pausas curtas, bom mesmo é um ponto final para começar, literalmente, um NOVO PERÍODO.

18.10.09

repouso.

a menina estava andando pela rua, um menino botou o pé, ela caiu e torceu o tornozelo.

depois de um tempo com o pé imobilizado, voltou à mesma rua,mas como passou uns dias sem ir por lá, não sabia que a vigesima quinta pedra da calçada havia saido de lugar, pobre menina, pisou em falso e torceu o mesmo tornozelo. foi ao posto médico mais próximo. dessa vez colocaram gesso, e no atestado estavam mais alguns dias de cama. chorou 3 dias em cima cama, desesperou-se pensando que seria pra sempre assim, sempre que voltasse à rua torceria o pé outra vez, será que um dia não voltaria a andar? pensamentos pensamentos pensamentos.

tirou o gesso, andou com cuidado. Dessa vez foi um inesperado ponta-pé.

hoje é o dia que ela levanta da cama outra vez. não tem planos, de tão cedo, andar pelas ruas de lá.
de hoje não passa começar a semana passada.

17.10.09

Poeminhas de amor andam pela minha cabeça sem autorização. Se eu pudesse abortaria todas as palavras melodramáticas, mas quando as percebo, já estão nascidas.
Boicoto. Calo.
Odeio ficar menstruada, aceito, hahaha, a vida.

15.10.09

"Sun been down for days
A winter melody she plays
The thunder makes her contemplate
She hears a noise behind the gate
Perhaps a letter with a dove
Perhaps a stranger she could love"



http://www.youtube.com/watch?v=2_HXUhShhmY

acaso

Somente nas superquadras gritam desesperadamente as cigarras. Somente morando aqui, posso entender alguém que fale das cigarras das árvores dessas quadras. Não importa se fale de grito ou de canto. Somente vivendo esse outubro, outro dia talvez sob o embalo de outras cigarras que saiam de outras cascas poderei voltar aqui, nesse exato agora, quando agora nomear outro momento, e aqui outro lugar. Somente por escolha do acaso estarei inteira aqui, ou não volte neste hoje nunca mais.

10.10.09

à Cazuza

Ela saiu pela rua para comprar pão vestindo uma camisola de bolinhas.
Seu andar leve da última noite de amor se alimentava da certeza do olhar do amado na janela.

O amado certamente se encantava vendo-lhe sorrir tranquila,
vendo em seu balançar, que era dele também, tudo que tinha pra contar de amor
Ela provocava-lhe com os sensuais pés descalços sob o céu nublado
Provocavam-se

A amada caminhava vestindo calcinha de bolinhas
pela rua sem transeuntes até chegar a fila do pão
sem disfarçar por um segundo a leveza do existir distraído
de quem inventou um amado e colocou na janela.

8.10.09

sim, Limão

Uma manhã de quinta com cara de sábado
sinto a liberdade patética de quem foje da rua, e adia compromissos
não há liberdade quando não se pula muros
não ha liberdade quando se pula
não há liberdade quando se vive.

É preciso finjir não saber do impossível
e continuar todos os dias a dança
e enquanto se dança é fácil esquecer como a música começou,
não saia da dança.
não pare de dançar.
esqueça-se, dance.
dane-se

Não pense em chegar em algum lugar,
não há lugar onde se chegar.
dane-se

Outro dia vão inventar uma cáspsula, cujo ingresso mediante ao pagamento de um ticket, nos dará acesso a uma quimica que nos fará sentir tudo isso que eu posso imaginar que imaginavam quando pela primeira vez usaram essa palavra. E certamente todos no gift shop entraram dizendo haverem sentido-se livres.

Deve existir outra liberdade
menos romantica do que cantam os andarilhos
deve ter outra, e certamente não será absoluta
ai mais uma vez estaremos prezos numa sala de dicotomias

Quando então começa a busca pelo absoluto, qualquer que seja.

7.10.09

doi sempre?
todos os dias serão de busca até morrer?
não poderia ao menos uma vez ser ludibriada pela sensação de que encontrei alguma coisa?

Macabéa tomava aspirina
nunca resolveu.

fragmentada e superficial.
dispersa como a modernidade,
porque toda forma de concentração tras dor.
sou alergica a aspirina.

A ultima distração acabou, nao vivia, nessa não vida era possivel seguir em frente.
e agora? como faz pra esquecer o existir?

4.10.09

Adoro os dias...

...em que ipês coloridos
cor-de-rosa, roxos ou amarelos
parecem querer fazer sorrir quem passa indiferente no mundo de concreto.