26.3.11

Não, eu vou.

a mon lemon

Eu não gosto de voltar. Não é que Brasília seja especial, nem é por nada em específico, é que meu santo não bateu com o do verbo, porque o tempo da volta pode não ser tempo do novo. Se eu esqueço o óculos em casa, ele fica em casa e eu sigo, o mesmo vale pra o protetor solar e pra a maça do lanche da tarde. Não volto pra buscar nada, a menos que tenha esquecido o canivete ou a lanterna, e eu esqueço sempre. Nesse esquecer diário, banalizei e esgotei a pobre palavra voltar que quando foi usada por mim pelas primeiras vezes era pura, livre e tão equivalente a ir.

O verbo esquecer por sua vez pode ser intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto. Se eu puder ser sábia, uso o esquecer como intransitivo. Quebro as conexões e as pernas do verbo esquecer (de coisas), libertando por outro lado o verbo voltar, que nem vai ser paraíso nem o contrario disso. Aí, então, apesar da incomodidade da pergunta: você volta? E a resposta, talvez possa ser, tanto faz, mas prefiro ir.

6 comentários:

maria ruela disse...

http://www.youtube.com/watch?v=ouBMwi5lnxU&feature=related

edrewns disse...

ir

=*

Mariana do Vale disse...

Acho que agora, mais do que nunca, preciso acreditar que voltar pode ter sabor de ir. E tem que ser eminentemente novo. As vezes é só substituir... Acho que estou indo ser feliz e não voltando a isso.

melzinha disse...

Vem sim! :)

Lili disse...

boa forma de pensar. voltar tem algo de vítima... sei lá.

quero ver-te

Taly Sou disse...

que agradável, gostei de entrar aqui. jamais voltarei, mas penso que virei sim outras vezes ;)