15.11.08

elogio ao feio

hoje meu olhar esteve tomado pela exagerada feiura que compunham aquele par de tornozelos finos com sapatos bregas. A poesia da cena não estava na combinação de marrom recém-engraxado, mas nas 14 presílias douradas, em que se apoiavam os cadarços sem expressão.

quando já me lambuzava no mal-gosto alheio, subi a vista, sem querer, às meias grossas de algodão. pareceu-me um digno protesto a essa geração de culto ao belo.

opz!
os pés mecheram, as pernas descruzaram, o corpo levantou. O gran finale é proporcinoado pela estrelas encravadas na areia pelo solado ANTI-DERRAPANTE.

2 comentários:

mk disse...

QUE FECHAÇÃO! e eu nem posso falar nada do meu tornozelo de elefante HAHAHA

Lili disse...

horror horror
mas confesso que já peguei
(como diria a minha irmã)
tem tempo mas é verdade
aha