Essa história começa com a morte da cachorra. A doença foi o carrapato. A maldita doença do carrapato fez o bicho ir amufinando, amufinando... até que um dia ele morreu.
O pai que não agüentava mais levar a maldita cachorra pro médico sentiu alivio, mas não contou pra ninguém. Teve vontade de mandar os meninos pararem com o chororô. Mas ele podia agüentar os meninos chorando, a cachorrinha era tão bonitinha, e eles brincavam tanto com ela.
A menina, que encontrou a cachorrinha na feira e pediu tanto pro pai comprar, começou a contar os dias que passavam dali, porque sua mãe dizia que sua cachorrinha tava no céu e que tudo aquilo ia passar. A mãe sentia falta, mas a menininha chorava tão profundamente, que as vezes só escutávamos aaaaaaaaaaaaaaaa, como se quisesse tirar do estômago toda a descrença.
Quando sua mãe saiu de casa para comprar o pão, pegou a tesoura do costureiro, ficou de frente para o espelho, como o tempo não passava nunca, cortou mecha a mecha do cabelo. Quando a mãe entrou em casa e viu o cabelo da filha perguntou o que diabos ela tinha feito com o cabelo.
- quando crescer, vou saber que tudo passou.
4 comentários:
me passou pela cabeça Ubaldo e Barros, mas não era Ovídio.
belo.
os meus são dreads!!!!!
UHAHUAHUAHUAUHAHUAUHAUHAHUAUHA
sao?
ai, gostei foi muito do textinho... acho que a solução é deixar nossos cabelos ate a cintura.. Não, não! acho que qdo chegar no ombro ja passou, ne? ehehehe ;)
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